quinta-feira, 18 de junho de 2009

SUGESTÕES DE DINÂMICAS



Dinâmicas para educação da sexualidade

1.Respeitando as diferenças


O que fazer quando a turma discrimina um colega, por achá- lo "afeminado"?
É prec iso trabalhar a c onstruç ão da cidadania, para que os educandos superem os preconceitos de todo tipo: de cor, de sexo, de peso, de forma do corpo, de jeito, de comportamento, etc . O educador deve ensinar os educandos a lidar com a diferença e a respeitá- la. Crianças e adolescentes estão ainda construindo sua identidade sexual, o que pode gerar insegurança ao se depararem com algum comportamento diferente, por isso o educador não pode se omitir, e deve realizar atividades que estimulem a construção dessa identidade e o reconhecimento das diferenças.


Algumas atividades recomendadas são:


Pesquisa sobre a origem das famílias de c ada um: de que região, Estado ou país vieram?
Trazer membros de algumas famílias para, em sala de aula, c ontar à turma c omo são os costumes em seus locais de origem. Quais eles c onservam? Quais modificaram? Quais abandonaram?
Passe vídeos e trabalhe literatura (livros ilustrados) sobre os costumes de outros povos, distantes e próximos.
Realize conversas sobre as diferenças de jeito (cada um de nós fala, come, senta, escreve, de um modo único).
Ao conseguir trabalhar as diferenças humanas, você terá dado um grande passo em direção ao respeito pela sexualidade e suas diferentes formas de manifestaç ão, derrubando preconceitos e preparando a turma para estudos mais aprofundados sobre o comportamento humano.


2. Perguntando sobre sexo


Para trabalhar a curiosidade das crianç as de 7 a 9 anos, crie um fantoche (uma vovó, por exemplo) e coloque na sala de aula uma caixa para os alunos depositarem perguntas sobre sexo endereçadas ao fantoche.
Após analisar as perguntas, chame os pais para conversar sobre educaç ão sexual, mostrando a eles as perguntas feitas pelos alunos. É importante receber o apoio dos pais para este trabalho.
As mensagens não precisam ser assinadas pelos alunos.
As questões levantadas pelas crianças serão a base para selecionar os temas a serem abordados em classe. Utilize, além da aula expositiva, peças de teatro, dirigidas pelo fantoche, e fitas de vídeo selecionadas. Explore assuntos como aparelho reprodutor, fecundaç ão, gestação, nascimento, contracepção. Faça com que entrevistem os próprios pais sobre como se conheceram, quando resolveram ter filhos, para que possam perceber a importância do
relacionamento humano.


3. O masculino e o feminino


Por meio de fotos e desenhos, mostre às crianç as as diferenças internas e externas entre homens e mulheres. Em seguida proponha a seguinte atividade: cada aluno deverá montar dois fantoches de vara, um representando o sexo masculino e outro, o feminino. T odas as formas de construç ão devem ser respeitadas. Prontos os fantoches, os alunos devem ir para trás de um teatrinho de madeira (ou de papelão) e explicarem, da maneira que preferirem, o que entenderam sobre o tema. Aproveite para fazer discussões coletivas sobre semelhanças e diferenças no campo social, sobre direitos e deveres do homem e da mulher.

4. Conhecendo o corpo e as palavras


Para melhorar o vocabulário da turma e fazer c om que o sexo seja visto de uma forma mais natural, realize dois exercícios. No primeiro, divida a classe em grupos. Um integrante de cada equipe deita- se sobre uma folha de papel colocada no chão. Os outros c ontornam seu corpo a lápis e, na figura obtida, pintam os órgãos internos e externos.
Usando termos como vagina e prepúcio, por exemplo, que normalmente eles não conhec em, as equipes apresentam à classe suas ilustrações. Em seguida o educador deve explicar como fazer a higiene do corpo, principalmente a das partes íntimas. A Segunda atividade é realizada em duplas, primeiro, mistas. Frente e frente, as crianç as fazem movimentos sincronizados, tornando- se uma o reflexo da outra. As duplas são mudadas até que todos tenham tido
alguém do mesmo sexo como espelho. Assim, as crianç as compreendem que além das diferenç as sexuais existem outras, c omo a da altura ou a de cor de pele, e que é preciso respeitar todas elas.

5. Qual a parte do corpo que você mais gosta?


Para melhorar a auto- estima dos educandos, lance essa questão para ser respondida com massa de modelar. Depoisde modelarem, cada um justifica sua esc olha. É comum modelarem o órgão sexual, o rosto e o coraç ão, revelando gostos diferentes entre meninos e meninas. Converse sobre as justific ativas.


6. Discutindo sentimentos e prazer


Cada educando recebe uma folha de papel ofício e dividi- a em duas colunas. De um lado, anota o que c onsidera bom e, de outro, o que acha ruim. T odos cortam o papel ao meio, jogam a parte ruim no lixo e trocam a boa com os colegas. Como nem todos aprovam a lista recebida, o educ ador mostra que é preciso respeitar os gostos dos outros, mesmo quando diferentes dos nossos, e que o sexo também é fonte de prazer. Os educandos devem, ao final, substituir preconceitos, com mudanças de atitudes com relação à sexualidade.


7. Como eles entendem


Antes de iniciar um trabalho sobre educação sexual, ensinando conceitos, procure saber como os educandos chamam os órgãos sexuais. No começo você vai ouvir risadas e piadas no meio das palavras utilizadas por eles. Em seguida, estabeleç a os nomes científicos dos órgãos, que querem dizer a mesma c oisa, mas que são mais apropriados e normalmente usados por médicos e na literatura, acostumando os educandos aos mesmos. Em pouc o tempo a turma perde a vergonha, elimina as risadinhas e adota a nomenc latura correta.


8. Gertrudes e a Família Colchete


Para c onversar sobre a gravidez, utilize, c omo introdução, vídeos e livros que contam como o bebê, dentro da barriga, reage ao mundo que o cerca. Depois de conversar sobre como seria a vida intra- uterina e imaginar o que o bebê sofre acompanhando o dia- a- dia da mãe, trabalhe, de forma mais detalhada, sobre os órgãos sexuais internos e externos, introduzindo na sala de aula a Família Colchete, formada por bonecos que representam a crianç a, os pais e os avós. O detalhe é que todos têm órgãos genitais e Mamãe Colchete está grávida. Manipulando os bonecos, que devem ser feitos de pano, os educandos desc obrem como as pessoas "se encaixam" na vida real: colchetes prendem o cordão umbilical do bebê ao corpo da mãe, os lábios do avô aos lábios da avó, o pênis do pai à vagina da mãe.


9. Eu nasci assim...


Leve os educandos a perguntarem a seus pais como haviam nascido. A partir das entrevistas com os pais, os educ andos devem escrever essa história, utilizando da própria imaginação para se descreverem da conc epção,passando pelo útero materno, até o nascimento. Essa atividade vai gerar o livro Eu Nasc i Assim...


10. Falando sobre AIDS


Realize um trabalho interdisciplinar. A área de Ciênc ias Naturais trata do HIV e das formas de transmissão e prevenç ão. A Língua Portuguesa pode utilizar textos literários ou artigos de jornais e revistas. Nas aulas de História pode se comparar diferentes epidemias em outros períodos, como a peste negra ou a gripe espanhola. Na Matemátic a entram dados sobre a epidemia no estudo de gráficos e tabelas. Os países ou regiões mais afetadas e os índices de incidência da doença em diferentes cidades podem integrar o estudo de Geografia. Peças teatrais que tratem do relacionamento humano e cuidados necessários para evitar a infecção podem ser temas de Artes ou de aulas de Educação Física.


11. Grupo de diálogo


Reuna os educandos num semicírculo e, através da leitura de um texto ou da projeção de um vídeo, converse com eles sobre o tema proposto (gravidez na adolescênc ia, violência sexual, sensualidade, etc .), num diálogo aberto, procurando informar para prevenir, fazendo com que eles questionem comportamentos e ampliem seus conhec imentos, construindo o melhor caminho por si mesmos.


12. Vivência social


É importante que o educador trabalhe em conjunto, de forma integrada, com os serviços públic os de saúde de sua região, levando os educandos para conhecer o posto de saúde ou hospital mais próximo, onde eles poderão entrevistar médicos e enfermeiros sobre as questões das doenças sexualmente transmissíveis, as campanhas de saúde, os cuidados com a higiene corporal. Em sala de aula, essas entrevistas podem gerar um rico trabalho interdisciplinar e até mesmo uma feira ou exposição sobre os assuntos pesquisados.

13. Jogo da Aids


Antes de começar o jogo, escolha um participante e entregue- lhe o cartão tendo atrás as letras PU, e explique que ele não deverá participar do jogo, colocando- se de lado assim que o mesmo começar. Distribua para os participantes (20 no máximo), cartões brancos, do tamanho de meia folha de papel ofício, sendo que atrás de três cartões estará a letra C, atrás de outro cartão estarão as letras PU e atrás de um terceiro cartão estará a letra A.
Os partic ipantes terão 1 (um) minuto para colherem autógrafos dos demais em seu cartão. Após, o coordenador pede que aquele que estiver com a letra A, se apresente, informando que o mesmo está com Aids. Em seguida pede que aqueles que possuam o autógrafo dele se apresentem, pois todos estão contaminados, já que isso signific a que mantiveram relação sexual com o mesmo. Prosseguindo, pede que os que tiverem autógrafos dos colegas contaminados, também se juntem ao grupo, pois estão igualmente contaminados. Na seqüência, solicita que se
destaquem os que estiverem c om a letra C, significando que usam a camisinha para seprotegerem, mas como ela não é cem por cento segura, voltam ao grupo contaminado. Finalmente, aponta para o participante que sobrou, que está com as letras PU, ou seja, o que possui parceiro único, e, portanto, está livre da Aids (levando- se em consideração que seu parc eiro também o tem como único). Após o término do jogo deve ser realizada ampla
conversa sobre sexo seguro e parceiro único.


14. Jogo da Batata Quente (Gravidez)
Material:

Balão de borracha; papel ofício, caneta, som c om CD ou toca- fitas.


Preparação:

Disponha os participantes em semi- círculo e peça para eles pensarem em atitudes quediminuam o risco de uma gravidez. Encha o balão e diga que vai começar o Jogo da Batata Quente - mas com o balão de borracha,que representa uma barriga grávida. Como a timidez é comum. diga a todos que manuseiem o balão e estimule- os a colocá- la sob a roupa, simulando gravidez.


Ação:

Quando o gelo inicial estiver quebrado, ligue o som e deixe uma música alegre ditar o ritmo da brincadeira. A "barriga" deve correr de mão em mão até que voc ê decida apertar o botão de pausa. Quando a música parar, quem estiver com o balão na mão deve responder, imediatamente, qual foi a atitude em que pensou para evitar agravidez.
Se o grupo - e você - considerar a atitude adequada, a música prossegue e o balão passa para outras mãos.
Porém, se o educando não responder ou sugerir uma atitude inadequada, ele assume o papel de "grávido". O grupo faz perguntas: "Por que você não usou um contraceptivo?" O que vai fazer agora?, O que muda em sua vida?"
Quando as questões se esgotarem você agradece a participaç ão do educando.
O jogo continua até que você tenha recolhido informações suficientes da visão do grupo sobre o assunto. Peça aos educandos que ficaram "grávidos" para falarem da experiência e incentive o restante do grupo a lembrar casos de pessoas conhecidas que tenham vivido situações parec idas.


Avaliação:

Ao final da atividade, fale sobre as atitudes que podem evitar uma gravidez indesejada e quais são os comportamentos de risco.


15. Jogo das Palavras Cruzadas (Menstruação)


Objetivo:

Promover a informação e a desmistificação de preconceitos e tabus sobre a menstruação.


Material:

Papel ofício, canetas, tiras de papel ofício (uma para cada participante).


Preparação:

O educador explica aos educandos que no encontro trabalharão o tema menstruação. Pergunta ao grupo se todos sabem o que ele significa. Se necessário, faz uma breve explanação. A seguir, pede que eles formem quatro grupos e distribui três folhas de papel ofício para os mesmos. Escreve "MENSTRUAÇÃO" no centro do quadro no sentido vertical e solicita que eles façam o mesmo em uma das folhas que receberam. A seguir, os educandos devem pensar em palavras que contenham cada uma daquelas letras e escrevê- las no sentido horizontal. Podem ser sentimentos, c oncepções, características e c omportamentos relacionados ao tema.


Aç ão:

O educador avisa aos grupos que eles terão 15 minutos para construir, a partir daquelas palavras, um jogo de palavras cruzadas. Para atingir esse objetivo, eles deverão desenhar em uma das folhas o número exato de quadros a serem c ompletados pelas letras correspondentes de cada uma das onze palavras já levantadas por eles. T odos os quadrinhos devem ser deixados vazios, a não ser aqueles que formam "MENSTRUAÇÃO" na vertic al. Na outra folha, deverão esc rever as frases, numeradas de um a onze, que tenham como respostas as palavras que compõem a cruzada. É importante lembrá- los de numerar corretamente a pergunta com a resposta correspondente. A seguir o educador troca os jogos de palavras cruzadas entre os grupos, que terão 10 minutos para tentar completar as palavras. O educador solicita que, um a um, os integrantes de cada grupo falem em voz alta para os demais a cruzada que seu grupo completou. Se houver alguma palavra que não tenha sido descoberta, a turma pode ajudar.
Se ninguém acertar, o grupo que construiu aquela cruzada deve revelar. O educador intervém se necessário. Após as apresentações, o educador faz os comentários e esclarecimentos que julgar adequados, destacando as palavras que se repetiram, os conceitos que foram mais difíceis de completar e os mitos e preconceitos que surgiram.


Comentários:

O educador pede para os participantes voltarem à posiç ão original e dizerem c omo se sentiram
fazendo essa discussão e que outras contribuições gostariam de dar.


Avaliaç ão:

O educador distribui as tiras de papel e pede que os educandos escrevam em uma palavra ou frase algo de novo que assimilaram sobre a menstruação.


16. Jogo dos Balões (Masturbação)


Material:

balões coloridos, papel ofício, caneta, ficha de avaliação.


Preparação:

Peça aos educandos para pensarem a respeito da masturbação. Distribua tiras de papel para cada participante. Eles devem pensar no que gostariam de saber a respeito deste tema e escrever uma pergunta em um pedaço pequeno do papel. Cada um deve dobrar o papel c om a pergunta. Entregue para eles balões coloridos, em cores diferentes de acordo c om o número de grupos que você pretende formar. Os educandos colocam suas perguntas dentro dos balões, enchem- nos, amarram- nos e começam a jogar uns para os outros, c om o cuidado de não estourá- los.
Enquanto isso, escreva no quadro o nome das cores que representam os grupos. Faça a brincadeira parar de maneira que cada participante segure o balão que está em suas mãos. Os educandos vão se agrupar de acordo com as cores dos balões que possuem.


Ação:

Chame um integrante de cada grupo para o centro da sala. Quando você der o sinal, eles devem estourar o balão e pegar a pergunta que estava dentro. O que estourar primeiro começa e os demais seguem conforme a direção horária. Na sua vez, cada educando lê a pergunta em voz alta. O grupo a que ele pertence responde, e deve demorar apenas 1 minuto para isso.
Dando a resposta certa, o grupo ganha 2 pontos e a vez passa para a próxima equipe, que repete a operação.
Esgotado o tempo, ou caso o grupo não saiba a resposta ou responda de forma incompleta, passe a vez para o grupo seguinte. Se o outro grupo c omplementar a resposta do anterior, ambos ganham um ponto. Se o anterior respondeu incorretamente ou não soube responder e o atual responder certo e por inteiro, leva dois pontos.
Quando os grupos não conseguirem responder ou responderem de forma incompleta, complemente ou dê a resposta para o grupo, e só depois passe a vez para o próximo. O jogo termina quando todos tiverem ido ao centro para ler sua pergunta. Vence o grupo que fizer mais pontos.


Comentários:

T ermine o jogo fazendo um semicírculo e estimule os educandos a falar como se sentiram no jogo, quais perguntas não ficaram claras, o que cada um gostaria de acrescentar.


Avaliação:

Depois entregue uma ficha de avaliação para cada participante contendo a pergunta: "O que aprendi de importante hoje?".


17. Jogo das Opções (Aborto)


Material:

papel ofício e caneta.


Preparação:


Distribua tiras de papel e canetas para cada participante. Peça que os educandos pensem em alguma situação em que o aborto esteja presente. Pode ser uma história real ou um filme, livro, novela ou música. Eles deverão descrever em poucas palavras esta situação na tira de papel, ressaltando os motivos pelos quais o aborto foi cogitado ou realizado.


Aç ão:

Divida os participantes em grupos de acordo com os motivos que levaram os personagens das histórias a optar pelo aborto. Cada educando deverá ler a sua história para os colegas de grupo. Aquela que representar melhor a opinião de todos será escolhida. O grupo também pode criar outra história que contemple as situações abordadas individualmente e a decisão que julguem mais adequada para a situação.
Organize todos em semicírculo e peça que cada equipe apresente sua produção. No decorrer das apresentações, complemente as informações e estimule a discussão, pedindo que os participantes se posicionem em relação ao que concordam ou discordam em cada história.
Estimule os educandos a comentar os principais riscos que uma mulher corre durante o processo. Diante disso, questione sobre a legalização do aborto. Proponha também uma reflexão sobre os motivos que levam um casal a optar pela interrupção da gravidez. Sugira uma avaliação arespeito das conseqüências de um aborto em um relacionamento ou para cada um, tanto para o homem quanto para a mulher.


Avaliaç ão:

Peça para os educandos contarem como foi realizar esse trabalho.

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