quarta-feira, 25 de março de 2009

SUGESTÃO DE ATIVIDADE- PREVENÇÃO TAMBÉM SE ENSINA



Guia do Professor -Atividade 2 – Eu não pensei nisso!


Caro Professor,
O principal objetivo do projeto RIVED é oferecer aos professores do Ensino Médio novos recursos didáticos, em forma de módulos, para a melhoria da aprendizagem dos alunos em sala de aula.
O módulo de aprendizagem é um conjunto de atividades de computador que exploram uma determinada unidade curricular. Porém, as atividades digitais nem sempre são adequadas para mediar todos os conteúdos de uma unidade. Por isso atividades complementares são sugeridas no guia do professor.
Cada atividade dos módulos RIVED vem acompanhada de um guia do professor para ajudar a informar sobre as decisões relacionadas a escolha e execução da atividade. Os guias, além de fornecerem dicas de como usar as atividades do módulo, também são criados como uma fonte de enriquecimento do professor.
Considere as informações dos guias como sugestões. Você não precisará seguí-las exatamente como são descritas. Você poderá utilizar os guias como referência e adequá-los a seus alunos e ao seu planejamento pedagógico.


1. Objetivo:
Questionar o conceito de sexo como sinônimo de cópula, bem como analisar o tratamento dado ao tema em diferentes mídias e discutir a existência de estereótipos.


2. Competências que pretendemos desenvolver:
Escrever reportagens enfocando as questões críticas para o âmbito geral relacionadas à sexualidade;
Analisar de que maneiras diferentes as revistas tratam questões relativas à sexualidade, distinguindo um posicionamento isento, bem fundamentado do ponto de vista científico, da simples especulação, do puro preconceito ou de tabus.
Reconhecer as formas pelas quais a Biologia está presente na cultura, nos dias de hoje, participando de manifestações culturais.


3. Conceitos envolvidos:
Sexo, cópula, estereótipo e preconceito.


4. Pré-requisitos:
Não são necessários.


5. Procedimentos para desenvolver a atividade:
Diferentes mídias abordam o tema: seja como forma de vender produtos, para conscientizar quanto à saúde, etc. Essas mídias refletem algumas idéias que a sociedade tem em relação ao tema e, ao mesmo tempo, colaboram para a formação das idéias dos jovens sobre sexo.
Nesta atividade, é dado um grande enfoque a questões relacionadas aos padrões de comportamento diferenciados para homens e mulheres. Cotidianamente há uma forte pressão para que meninos e meninas ajam de acordo com representações sociais que muitas vezes são carregadas de preconceitos. Quantas vezes em nossa vida não ouvimos que menino não chora ou lugar de mulher é na cozinha? A discussão sobre essas questões tem como objetivo combater preconceitos autoritários, questionar a rigidez de padrões de conduta estabelecida para homens e mulheres, além de apontar para as tranformações graduais que a sociedade vem sofrendo em relação a essas questões.
A atividade visa colocar os estudantes frente a seus próprios preconceitos e refletir em grupo sobre o assunto. Identificando limitações em reconhecer no sexo oposto potencialidades maiores do que tradicionalmente atribui-se a cada gênero sexual, pode-se abrir espaços para se combaterem outras discriminações, como as discriminações de classe social ou de raças, enxergando no outro capacidades não percebidas quando vistos por esteriótipos.
Essa atividade pode ser desenvolvida em 1 aula na sala de computadores.


O início:
Solicite aos alunos formem duplas ou trios (de acordo com a afinidade entre eles) para utilizar o computador;
O trabalho dessa atividade será escrever uma matéria de qualquer revista sobre sexo. Assim, vamos ver alguns diferentes enfoques dados pelas diferentes revistas.


No computador:
Solicite que eles explorem os itens disponíveis nesta tela;
Pergunte se eles sentiram falta de alguma revista que trate de sexo, mas que não foi apresentada. É provável que eles comentem a ausência de revistas de sexo explícito. Aqui cabe dizer que essa é uma das formas de se tratar o tema, mas as outras revistas abordam de formas diferentes;
É muito comum confundirmos sexo com cópula. A definição biológica de sexo seria a de mistura de material genético, como quando o espermatozóide fecunda o óvulo. Em outras espécies, ou em humanos, nos casos de inseminação artificial, isso ocorre sem a cópula. Além disso, a cópula (popularmente chamada de transa) não garante a mistura do material genético.
Os diferentes grupos podem comentar qual é a abordagem feita por determinada revista. Nesse momento, o professor pode perguntar para que público teria sido feita essa revista;
Provavelmente, alguns alunos vão dizer, por exemplo, que revistas de futebol e internet são para os homens. Os argumentos de outros grupos podem garantir a discussão. Caso isso não ocorra, não insira a discussão nesse momento. Ela deverá acontecer na próxima etapa da atividade.
Agora, eles devem escrever no máximo 3 revistas que cada um dos personagens comprariam, digitando o nome das revistas;
Clicando em corrigir, aparecerá se ela foi ou não comprada pelo personagem. Eles podem repetir, tentando descobrir todas as 3 revistas compradas por cada um.


Discutindo:
Pergunte o que eles acharam das compras feitas pelos personagens;
Em qual personagem eles tiveram maior dificuldade?
O personagem de verde e boné pode ser o mais difícil. Ele se parece com um garoto, mas pode ser uma menina também. Enquanto a criança e o homem de terno não trazem tantas dúvidas. Aqui, a discussão sobre "meninos jogam bola e meninas brincam de bonecas?" pode ser feita, pedindo exemplos de coisas de meninos e coisas de meninas. Esses exemplos podem ser questionados pela própria classe. No entanto, o professor pode colocar alguns exemplos polêmicos: brinco, cabelos longos, a profissão de professor, enfermeiro, advogado, costureiro, etc.


6. Atividades complementares:
Os alunos podem pesquisar em outros meios de comunicação como o tema é abordado. Além disso, as matérias elaboradas por eles podem ser expostas pela escola. Solicite que eles definam em que revista sairia tal matéria.