segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Comunicamos que estão abertas as inscrições para o curso “Implementação do Novo Currículo para docentes de Ciências e Biologia”. Os interessados deverão entrar em contato com a oficina pedagógica pelo telefone 14 36262251, falar com as PCOP responsáveis pelo curso, Daniela e Salete.


Período de inscrição: 18/09 a 23/09
Início: 24/09/2009
Horário: 13h às 16h (às quintas-feiras) - fora do horário de trabalho
Público Alvo: Professores e Professores Coordenadores da área de Ciências da Natureza.
Carga Horária: 30h - certificação pela CENP

Atenciosamente,
Salete e Daniela

quinta-feira, 25 de junho de 2009

PROJETO DA ESCOLA E.E.CAPITÃO HENRIQUE MONTENEGRO- BOCAINA

PREVENÇÃO TAMBÉM SE ENSINA E COMUNIDADE PRESENTE


PROJETO: “A PAZ QUE TRAGO EM MEU PEITO”


JUSTIFICATIVA:

A violência está intimamente ligada à condição sócio-economica-cultural. O não acesso a educação, trabalho, saúde, lazer e cultura diminuem as chances de assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social, com soluções pacíficas.

SITUAÇÃO-PROBLEMA:

Temos visto a cada ano que a violência gerada pela sociedade ultrapassou os muros e se faz presente no cotidiano escolar: a violência na escola e a violência da escola.

OBJETIVOS:

Ø Envolver toda a escola: direção, professores coordenadores, professores, alunos, funcionários e comunidade, para uma cultura de paz;
Ø Refletir sobre a função social da escola como formadora de opinião;
Ø Fortalecer na comunidade o sentimento de pertencimento em relação ao espaço escolar;
Ø Fornecer subsídios para reflexões e debates sobre violência;
Ø elevar a auto-estima do educando.

PÚBLICO ALVO:

Toda equipe escolar: direção, professores coordenadores, professores, funcionários, alunos.

ESTRATÉGIA:

A equipe escolar se organizará com sub-projetos de forma que os temas relacionados à prevenção da violência seja trabalhados nas diferentes disciplinas.
Ø Através de leitura e interpretação de textos diversos ao tema em questão;
Ø Organização de debates entre as turmas;
Ø Elaboração de documentário, cartazes, pesquisas e textos diversos;
Ø Divulgar as produções dos alunos para a comunidade escolar, através de: HTPC (na UE e nas UE municipais) , reuniões de pais, exposições e recursos da internet.

DURAÇÃO: Durante o ano letivo.

AVALIAÇÃO:

Será através de práticas e atividades que oportunizem a observação e a vivencia da mudança de atitudes em relação a todo tipo de violência, por todos os envolvidos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SUGESTÃO DE LEITURA




Brasileira descobre nova fonte de células-tronco
A pesquisadora da USP Tatiana Jazedje descobriu, no tecido do aparelho reprodutivo feminino, células que podem ter aproveitamento melhor do que as polêmicas células embrionárias.


Uma cientista brasileira fez uma descoberta que vai acelerar as pesquisas com células-tronco, aquelas que podem se transformar em qualquer tecido humano. A descoberta foi por acaso. Cientistas da USP usavam células do aparelho reprodutivo feminino em pesquisas.


“A gente viu que elas se dividiam muito rapidamente e, com outros, estudos a gente percebeu que elas tinham um perfil que a gente chama de perfil de células tronco adultas”, disse Tatiana Jazedje, pesquisadora da USP. ‘Elas’, até então desconhecidas, eram células-tronco das trompas.


“Todas tinham o que a gente chama de perfil, uma carinha de célula tronco, e aí vi que em todas as linhagens que testei essas células se diferenciaram em músculo, osso, cartilagem e gordura”, explicou.


Os testes confirmaram. O que era lixo hospitalar, ou servia no máximo como apoio para as pesquisas, é o que deve ser estudado daqui para frente.


No laboratório do Centro de Genoma Humano da USP, as células-tronco das trompas agora são a nova atração. “Elas crescem aderidas nas garrafas, então elas têm esse formato. Há algumas redondinhas. São as células que estão se dividindo”, disse. Todas se reproduziram com 100% de aproveitamento, muito mais do que ocorre com as células-tronco embrionárias.


Outro ponto a favor da descoberta é que, ao contrário das células-tronco embrionárias, o uso das células das trompas não gera discussões, nem problemas éticos. Para os cientistas, só isso já facilita e muito as próximas pesquisas.


Próximas e muitas pesquisas. Já que o potencial das células descobertas aqui é enorme. “A questão não é só os estudos de medicina regenerativa. A gente descobrir que existem essas células vai agora gerar vários outros estudos de infertilidade humana”, disse a pesquisadora.


Essas respostas ainda vão demorar. Mas já são muitos os motivos para comemoração. “O legal, o importante é mostrar que o Brasil produz ciência de qualidade e que a gente consegue, apesar das dificuldades, competir com o mundo inteiro”, completou.
FONTE: JORNAL NACIONAL

quinta-feira, 18 de junho de 2009

SUGESTÕES DE DINÂMICAS


DINÂMICAS DE GRUPO

1.Autógrafo:
Distribua um papel em branco para cada aluno. Peça para eles escreverem no alto da página seu nome todo e passar uma linha embaixo.
· Leve a turma para um espaço amplo ( outra sala sem carteiras ou o pátio da escola ou a quadra de esportes) e peça para cada aluno levar uma caneta.
· Depois, explique que cada aluno tem que pegar o autógrafo do outro e que o aluno que pegar mais autógrafos, no tempo determinado, ganha. Fale que não vale autógrafos repetidos , que tem que ser legível e escrito o nome completo.
· Dê mais ou menos 1 minuto para isso. E mande parar. Recolha os papeis e leve-os para sala novamente.
· Depois, conte os autógrafos e veja o(s) aluno(s) que tem (têm) mais. Pergunte a eles como conseguiram tantos autógrafos. Leve a turma a refletir que para ter o autógrafo do amigo, eles tiveram que dar.
· Isso dá um bom papo sobre Cooperação.

2.Balas:
Deixe em cima de cada mesa uma bala embrulhada em papel. E fale para a turma que cada um pode comer a sua bala desde que não abra com as mãos.
· Deixe os tentar. Depois, fale, novamente, assim: Vocês não podem abrir a bala com as SUAS mãos.
· Leve os seus alunos a pedir a ajuda do outro que está ao seu lado para abrir a bala.
· Outro momento de falar em cooperação e solidariedade.
· Discuta com eles sobre isso. Coloque a música “Bola de meia, Bola de Gude” (Milton Nascimento) para ouvirem e pensarem.

SUGESTÕES DE DINÂMICAS



Dinâmicas para educação da sexualidade

1.Respeitando as diferenças


O que fazer quando a turma discrimina um colega, por achá- lo "afeminado"?
É prec iso trabalhar a c onstruç ão da cidadania, para que os educandos superem os preconceitos de todo tipo: de cor, de sexo, de peso, de forma do corpo, de jeito, de comportamento, etc . O educador deve ensinar os educandos a lidar com a diferença e a respeitá- la. Crianças e adolescentes estão ainda construindo sua identidade sexual, o que pode gerar insegurança ao se depararem com algum comportamento diferente, por isso o educador não pode se omitir, e deve realizar atividades que estimulem a construção dessa identidade e o reconhecimento das diferenças.


Algumas atividades recomendadas são:


Pesquisa sobre a origem das famílias de c ada um: de que região, Estado ou país vieram?
Trazer membros de algumas famílias para, em sala de aula, c ontar à turma c omo são os costumes em seus locais de origem. Quais eles c onservam? Quais modificaram? Quais abandonaram?
Passe vídeos e trabalhe literatura (livros ilustrados) sobre os costumes de outros povos, distantes e próximos.
Realize conversas sobre as diferenças de jeito (cada um de nós fala, come, senta, escreve, de um modo único).
Ao conseguir trabalhar as diferenças humanas, você terá dado um grande passo em direção ao respeito pela sexualidade e suas diferentes formas de manifestaç ão, derrubando preconceitos e preparando a turma para estudos mais aprofundados sobre o comportamento humano.


2. Perguntando sobre sexo


Para trabalhar a curiosidade das crianç as de 7 a 9 anos, crie um fantoche (uma vovó, por exemplo) e coloque na sala de aula uma caixa para os alunos depositarem perguntas sobre sexo endereçadas ao fantoche.
Após analisar as perguntas, chame os pais para conversar sobre educaç ão sexual, mostrando a eles as perguntas feitas pelos alunos. É importante receber o apoio dos pais para este trabalho.
As mensagens não precisam ser assinadas pelos alunos.
As questões levantadas pelas crianças serão a base para selecionar os temas a serem abordados em classe. Utilize, além da aula expositiva, peças de teatro, dirigidas pelo fantoche, e fitas de vídeo selecionadas. Explore assuntos como aparelho reprodutor, fecundaç ão, gestação, nascimento, contracepção. Faça com que entrevistem os próprios pais sobre como se conheceram, quando resolveram ter filhos, para que possam perceber a importância do
relacionamento humano.


3. O masculino e o feminino


Por meio de fotos e desenhos, mostre às crianç as as diferenças internas e externas entre homens e mulheres. Em seguida proponha a seguinte atividade: cada aluno deverá montar dois fantoches de vara, um representando o sexo masculino e outro, o feminino. T odas as formas de construç ão devem ser respeitadas. Prontos os fantoches, os alunos devem ir para trás de um teatrinho de madeira (ou de papelão) e explicarem, da maneira que preferirem, o que entenderam sobre o tema. Aproveite para fazer discussões coletivas sobre semelhanças e diferenças no campo social, sobre direitos e deveres do homem e da mulher.

4. Conhecendo o corpo e as palavras


Para melhorar o vocabulário da turma e fazer c om que o sexo seja visto de uma forma mais natural, realize dois exercícios. No primeiro, divida a classe em grupos. Um integrante de cada equipe deita- se sobre uma folha de papel colocada no chão. Os outros c ontornam seu corpo a lápis e, na figura obtida, pintam os órgãos internos e externos.
Usando termos como vagina e prepúcio, por exemplo, que normalmente eles não conhec em, as equipes apresentam à classe suas ilustrações. Em seguida o educador deve explicar como fazer a higiene do corpo, principalmente a das partes íntimas. A Segunda atividade é realizada em duplas, primeiro, mistas. Frente e frente, as crianç as fazem movimentos sincronizados, tornando- se uma o reflexo da outra. As duplas são mudadas até que todos tenham tido
alguém do mesmo sexo como espelho. Assim, as crianç as compreendem que além das diferenç as sexuais existem outras, c omo a da altura ou a de cor de pele, e que é preciso respeitar todas elas.

5. Qual a parte do corpo que você mais gosta?


Para melhorar a auto- estima dos educandos, lance essa questão para ser respondida com massa de modelar. Depoisde modelarem, cada um justifica sua esc olha. É comum modelarem o órgão sexual, o rosto e o coraç ão, revelando gostos diferentes entre meninos e meninas. Converse sobre as justific ativas.


6. Discutindo sentimentos e prazer


Cada educando recebe uma folha de papel ofício e dividi- a em duas colunas. De um lado, anota o que c onsidera bom e, de outro, o que acha ruim. T odos cortam o papel ao meio, jogam a parte ruim no lixo e trocam a boa com os colegas. Como nem todos aprovam a lista recebida, o educ ador mostra que é preciso respeitar os gostos dos outros, mesmo quando diferentes dos nossos, e que o sexo também é fonte de prazer. Os educandos devem, ao final, substituir preconceitos, com mudanças de atitudes com relação à sexualidade.


7. Como eles entendem


Antes de iniciar um trabalho sobre educação sexual, ensinando conceitos, procure saber como os educandos chamam os órgãos sexuais. No começo você vai ouvir risadas e piadas no meio das palavras utilizadas por eles. Em seguida, estabeleç a os nomes científicos dos órgãos, que querem dizer a mesma c oisa, mas que são mais apropriados e normalmente usados por médicos e na literatura, acostumando os educandos aos mesmos. Em pouc o tempo a turma perde a vergonha, elimina as risadinhas e adota a nomenc latura correta.


8. Gertrudes e a Família Colchete


Para c onversar sobre a gravidez, utilize, c omo introdução, vídeos e livros que contam como o bebê, dentro da barriga, reage ao mundo que o cerca. Depois de conversar sobre como seria a vida intra- uterina e imaginar o que o bebê sofre acompanhando o dia- a- dia da mãe, trabalhe, de forma mais detalhada, sobre os órgãos sexuais internos e externos, introduzindo na sala de aula a Família Colchete, formada por bonecos que representam a crianç a, os pais e os avós. O detalhe é que todos têm órgãos genitais e Mamãe Colchete está grávida. Manipulando os bonecos, que devem ser feitos de pano, os educandos desc obrem como as pessoas "se encaixam" na vida real: colchetes prendem o cordão umbilical do bebê ao corpo da mãe, os lábios do avô aos lábios da avó, o pênis do pai à vagina da mãe.


9. Eu nasci assim...


Leve os educandos a perguntarem a seus pais como haviam nascido. A partir das entrevistas com os pais, os educ andos devem escrever essa história, utilizando da própria imaginação para se descreverem da conc epção,passando pelo útero materno, até o nascimento. Essa atividade vai gerar o livro Eu Nasc i Assim...


10. Falando sobre AIDS


Realize um trabalho interdisciplinar. A área de Ciênc ias Naturais trata do HIV e das formas de transmissão e prevenç ão. A Língua Portuguesa pode utilizar textos literários ou artigos de jornais e revistas. Nas aulas de História pode se comparar diferentes epidemias em outros períodos, como a peste negra ou a gripe espanhola. Na Matemátic a entram dados sobre a epidemia no estudo de gráficos e tabelas. Os países ou regiões mais afetadas e os índices de incidência da doença em diferentes cidades podem integrar o estudo de Geografia. Peças teatrais que tratem do relacionamento humano e cuidados necessários para evitar a infecção podem ser temas de Artes ou de aulas de Educação Física.


11. Grupo de diálogo


Reuna os educandos num semicírculo e, através da leitura de um texto ou da projeção de um vídeo, converse com eles sobre o tema proposto (gravidez na adolescênc ia, violência sexual, sensualidade, etc .), num diálogo aberto, procurando informar para prevenir, fazendo com que eles questionem comportamentos e ampliem seus conhec imentos, construindo o melhor caminho por si mesmos.


12. Vivência social


É importante que o educador trabalhe em conjunto, de forma integrada, com os serviços públic os de saúde de sua região, levando os educandos para conhecer o posto de saúde ou hospital mais próximo, onde eles poderão entrevistar médicos e enfermeiros sobre as questões das doenças sexualmente transmissíveis, as campanhas de saúde, os cuidados com a higiene corporal. Em sala de aula, essas entrevistas podem gerar um rico trabalho interdisciplinar e até mesmo uma feira ou exposição sobre os assuntos pesquisados.

13. Jogo da Aids


Antes de começar o jogo, escolha um participante e entregue- lhe o cartão tendo atrás as letras PU, e explique que ele não deverá participar do jogo, colocando- se de lado assim que o mesmo começar. Distribua para os participantes (20 no máximo), cartões brancos, do tamanho de meia folha de papel ofício, sendo que atrás de três cartões estará a letra C, atrás de outro cartão estarão as letras PU e atrás de um terceiro cartão estará a letra A.
Os partic ipantes terão 1 (um) minuto para colherem autógrafos dos demais em seu cartão. Após, o coordenador pede que aquele que estiver com a letra A, se apresente, informando que o mesmo está com Aids. Em seguida pede que aqueles que possuam o autógrafo dele se apresentem, pois todos estão contaminados, já que isso signific a que mantiveram relação sexual com o mesmo. Prosseguindo, pede que os que tiverem autógrafos dos colegas contaminados, também se juntem ao grupo, pois estão igualmente contaminados. Na seqüência, solicita que se
destaquem os que estiverem c om a letra C, significando que usam a camisinha para seprotegerem, mas como ela não é cem por cento segura, voltam ao grupo contaminado. Finalmente, aponta para o participante que sobrou, que está com as letras PU, ou seja, o que possui parceiro único, e, portanto, está livre da Aids (levando- se em consideração que seu parc eiro também o tem como único). Após o término do jogo deve ser realizada ampla
conversa sobre sexo seguro e parceiro único.


14. Jogo da Batata Quente (Gravidez)
Material:

Balão de borracha; papel ofício, caneta, som c om CD ou toca- fitas.


Preparação:

Disponha os participantes em semi- círculo e peça para eles pensarem em atitudes quediminuam o risco de uma gravidez. Encha o balão e diga que vai começar o Jogo da Batata Quente - mas com o balão de borracha,que representa uma barriga grávida. Como a timidez é comum. diga a todos que manuseiem o balão e estimule- os a colocá- la sob a roupa, simulando gravidez.


Ação:

Quando o gelo inicial estiver quebrado, ligue o som e deixe uma música alegre ditar o ritmo da brincadeira. A "barriga" deve correr de mão em mão até que voc ê decida apertar o botão de pausa. Quando a música parar, quem estiver com o balão na mão deve responder, imediatamente, qual foi a atitude em que pensou para evitar agravidez.
Se o grupo - e você - considerar a atitude adequada, a música prossegue e o balão passa para outras mãos.
Porém, se o educando não responder ou sugerir uma atitude inadequada, ele assume o papel de "grávido". O grupo faz perguntas: "Por que você não usou um contraceptivo?" O que vai fazer agora?, O que muda em sua vida?"
Quando as questões se esgotarem você agradece a participaç ão do educando.
O jogo continua até que você tenha recolhido informações suficientes da visão do grupo sobre o assunto. Peça aos educandos que ficaram "grávidos" para falarem da experiência e incentive o restante do grupo a lembrar casos de pessoas conhecidas que tenham vivido situações parec idas.


Avaliação:

Ao final da atividade, fale sobre as atitudes que podem evitar uma gravidez indesejada e quais são os comportamentos de risco.


15. Jogo das Palavras Cruzadas (Menstruação)


Objetivo:

Promover a informação e a desmistificação de preconceitos e tabus sobre a menstruação.


Material:

Papel ofício, canetas, tiras de papel ofício (uma para cada participante).


Preparação:

O educador explica aos educandos que no encontro trabalharão o tema menstruação. Pergunta ao grupo se todos sabem o que ele significa. Se necessário, faz uma breve explanação. A seguir, pede que eles formem quatro grupos e distribui três folhas de papel ofício para os mesmos. Escreve "MENSTRUAÇÃO" no centro do quadro no sentido vertical e solicita que eles façam o mesmo em uma das folhas que receberam. A seguir, os educandos devem pensar em palavras que contenham cada uma daquelas letras e escrevê- las no sentido horizontal. Podem ser sentimentos, c oncepções, características e c omportamentos relacionados ao tema.


Aç ão:

O educador avisa aos grupos que eles terão 15 minutos para construir, a partir daquelas palavras, um jogo de palavras cruzadas. Para atingir esse objetivo, eles deverão desenhar em uma das folhas o número exato de quadros a serem c ompletados pelas letras correspondentes de cada uma das onze palavras já levantadas por eles. T odos os quadrinhos devem ser deixados vazios, a não ser aqueles que formam "MENSTRUAÇÃO" na vertic al. Na outra folha, deverão esc rever as frases, numeradas de um a onze, que tenham como respostas as palavras que compõem a cruzada. É importante lembrá- los de numerar corretamente a pergunta com a resposta correspondente. A seguir o educador troca os jogos de palavras cruzadas entre os grupos, que terão 10 minutos para tentar completar as palavras. O educador solicita que, um a um, os integrantes de cada grupo falem em voz alta para os demais a cruzada que seu grupo completou. Se houver alguma palavra que não tenha sido descoberta, a turma pode ajudar.
Se ninguém acertar, o grupo que construiu aquela cruzada deve revelar. O educador intervém se necessário. Após as apresentações, o educador faz os comentários e esclarecimentos que julgar adequados, destacando as palavras que se repetiram, os conceitos que foram mais difíceis de completar e os mitos e preconceitos que surgiram.


Comentários:

O educador pede para os participantes voltarem à posiç ão original e dizerem c omo se sentiram
fazendo essa discussão e que outras contribuições gostariam de dar.


Avaliaç ão:

O educador distribui as tiras de papel e pede que os educandos escrevam em uma palavra ou frase algo de novo que assimilaram sobre a menstruação.


16. Jogo dos Balões (Masturbação)


Material:

balões coloridos, papel ofício, caneta, ficha de avaliação.


Preparação:

Peça aos educandos para pensarem a respeito da masturbação. Distribua tiras de papel para cada participante. Eles devem pensar no que gostariam de saber a respeito deste tema e escrever uma pergunta em um pedaço pequeno do papel. Cada um deve dobrar o papel c om a pergunta. Entregue para eles balões coloridos, em cores diferentes de acordo c om o número de grupos que você pretende formar. Os educandos colocam suas perguntas dentro dos balões, enchem- nos, amarram- nos e começam a jogar uns para os outros, c om o cuidado de não estourá- los.
Enquanto isso, escreva no quadro o nome das cores que representam os grupos. Faça a brincadeira parar de maneira que cada participante segure o balão que está em suas mãos. Os educandos vão se agrupar de acordo com as cores dos balões que possuem.


Ação:

Chame um integrante de cada grupo para o centro da sala. Quando você der o sinal, eles devem estourar o balão e pegar a pergunta que estava dentro. O que estourar primeiro começa e os demais seguem conforme a direção horária. Na sua vez, cada educando lê a pergunta em voz alta. O grupo a que ele pertence responde, e deve demorar apenas 1 minuto para isso.
Dando a resposta certa, o grupo ganha 2 pontos e a vez passa para a próxima equipe, que repete a operação.
Esgotado o tempo, ou caso o grupo não saiba a resposta ou responda de forma incompleta, passe a vez para o grupo seguinte. Se o outro grupo c omplementar a resposta do anterior, ambos ganham um ponto. Se o anterior respondeu incorretamente ou não soube responder e o atual responder certo e por inteiro, leva dois pontos.
Quando os grupos não conseguirem responder ou responderem de forma incompleta, complemente ou dê a resposta para o grupo, e só depois passe a vez para o próximo. O jogo termina quando todos tiverem ido ao centro para ler sua pergunta. Vence o grupo que fizer mais pontos.


Comentários:

T ermine o jogo fazendo um semicírculo e estimule os educandos a falar como se sentiram no jogo, quais perguntas não ficaram claras, o que cada um gostaria de acrescentar.


Avaliação:

Depois entregue uma ficha de avaliação para cada participante contendo a pergunta: "O que aprendi de importante hoje?".


17. Jogo das Opções (Aborto)


Material:

papel ofício e caneta.


Preparação:


Distribua tiras de papel e canetas para cada participante. Peça que os educandos pensem em alguma situação em que o aborto esteja presente. Pode ser uma história real ou um filme, livro, novela ou música. Eles deverão descrever em poucas palavras esta situação na tira de papel, ressaltando os motivos pelos quais o aborto foi cogitado ou realizado.


Aç ão:

Divida os participantes em grupos de acordo com os motivos que levaram os personagens das histórias a optar pelo aborto. Cada educando deverá ler a sua história para os colegas de grupo. Aquela que representar melhor a opinião de todos será escolhida. O grupo também pode criar outra história que contemple as situações abordadas individualmente e a decisão que julguem mais adequada para a situação.
Organize todos em semicírculo e peça que cada equipe apresente sua produção. No decorrer das apresentações, complemente as informações e estimule a discussão, pedindo que os participantes se posicionem em relação ao que concordam ou discordam em cada história.
Estimule os educandos a comentar os principais riscos que uma mulher corre durante o processo. Diante disso, questione sobre a legalização do aborto. Proponha também uma reflexão sobre os motivos que levam um casal a optar pela interrupção da gravidez. Sugira uma avaliação arespeito das conseqüências de um aborto em um relacionamento ou para cada um, tanto para o homem quanto para a mulher.


Avaliaç ão:

Peça para os educandos contarem como foi realizar esse trabalho.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Projeto Prevenção Também se Ensina


Alunos da 2ª série do Ensino Médio da E. E. Profª Maria Luiza Ferreira Zambello, o Castelinho, juntamente com a professora Patricia Graziela Boldo de Andrade, realizaram várias atividades relacionadas ao estudo e prevenção de diferentes tipos de câncer.




O projeto contou com a participação da Enfermeira Especialista em Oncologia, Márcia Aparecida Róvero Cardozo, que realizou uma palestra no dia 03/06/09 sobre prevenção ao câncer de mama.


Além da palestra, outras atividades foram realizadas como pesquisas, elaboração de cartazes e apresentações de teatro abordando os temas como câncer da próstata, de boca, de colo do útero e pulmão.


O projeto ressalta a importância de se prevenir e reconhecer tumores o mais rápido possível para que os tratamentos sejam eficazes.

terça-feira, 2 de junho de 2009

SUGESTÃO DE ATIVIDADE- PREVENÇÃO TAMBÉM SE ENSINA



IMAGEM CORPORAL


"Tenho 13 anos, ainda não menstruei, mas meus seios já estão bem desenvolvidos. Só que eles não têm biquinho! Isso é normal?"
(Revista Querida, Ano VI, Nº 100)


Os adolescentes, em geral, não são bem informados sobre as mudanças físicas que experimentam e ficam com o sentimento de que não são atraentes ou normais.


A imagem corporal é a maneira como representamos mentalmente o nosso corpo. Ela é tão importante que faz parte da nossa identidade.


O foco central sobre a imagem corporal tem a ver com dois aspectos:


1 - o adolescente ainda não formou claramente o seu senso de identidade como pessoa; e
2 - o adolescente ainda não tem bem estruturado o seu senso de auto-estima decorrente de suas características pessoais, seus relacionamentos e suas realizações.


Portanto, o trabalho com adolescentes sobre aquisição de uma imagem corporal positiva é fundamental. Esta irá fortalecer o sentido de atratividade, de aceitação social, a capacidade de dar e receber afeto, a maneira como percebe a si e ao outro sexo e, principalmente, de estabelecer e manter vínculos amorosos.


DINÂMICA: ESPELHO MENTAL


Objetivo:
Auxiliar o adolescente a tomar consciência da imagem que ele tem do seu próprio corpo.


O que você irá precisar:


Sala ampla e confortável, folhas de papel sulfite e lápis, aparelho de DVD, música lenta.

Tempo: 50 minutos.


O que você faz:


Orientação geral (5 minutos):


1 - Pedir para todos os participantes andarem pela sala ao som da música (descalços) seguindo as instruções do facilitador:
-andar na ponta dos pés;
-andar apoiando o corpo no calcanhar;
-andar na chuva;
-andar em uma superfície quente;
-andar passando por uma porta estreita;
-andar em câmera lenta;
-andar em marcha ré.



Os adolescentes não deverão tocar o corpo do outro colega.



2 - Pedir que todos parem onde estão, fechem os olhos e pensem na parte do seu corpo que acham mais bonita e atrativa. Guardem mentalmente esta imagem consigo.



Trabalho individual (10 minutos):



1 - Solicitar que cada participante sente, pegue sua folha de papel sulfite e procure esquematizar no papel a imagem captada pelo seu cérebro. Não colocar o nome.
2 - Lembrar que é somente um esquema e não um desenho artístico.



Trabalho em grupo (35 minutos):
1 - Pedir para cada participante virar o esquema para baixo e aguardar.
2 - Quando todos terminarem, pedir que façam as folhas circularem, com o esquema para baixo.
3 - Pedir que parem de passar quando as folhas atingirem a metade do círculo e desvirá-las.
4 - Cada participante, com uma folha nas mãos, comenta ou mostra o que a pessoa conseguiu passar de sua imagem mental.
5 - Quando todos terminarem a tarefa, pede-se que façam circular todos os esquemas para serem vistos.
6 - Cada participante guarda sua folha.



Pontos para discussão:
a) Os homens e as mulheres estão satisfeitos com suas formas físicas?
b) A forma como nos sentimos em relação ao nosso corpo é influenciada pelo que as pessoas do outro sexo acham interessante ou atraente?
c) Existem partes do nosso corpo que podemos modificar. Por que e para que?



Resultados esperados:
Os adolescentes terão vivenciado a oportunidade de tomar consciência das suas mudanças físicas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

SUGESTÃO DE ATIVIDADE- ENSINO MÉDIO


Vítimas da fumaça




Objetivos


Analisar criticamente os problemas do consumo de cigarros entre os jovens



Introdução


Onde há fumaça há fogo. Ou a brasa de um cigarro. E por trás desse cigarro pode estar um de seus alunos. Como mostra o texto de VEJA, o perigo é muito grande: 99% dos adolescentes que dão as primeiras tragadas se tornam fumantes regulares.




Atividades


1. Antes de propor a leitura da revista em classe, pergunte à turma por que o cigarro começa a ser consumido tão cedo pelos jovens. Do ponto de vista da indústria do fumo, os objetivos são claros: garantir um mercado lucrativo e duradouro e substituir o significativo número de adultos que, com muito esforço, conseguem abandonar o vício.


2. Há muitas evidências de que o tabaco provoca danos gravíssimos. A própria Philip Morris reconheceu, num comunicado oficial, os malefícios do fumo. Numa tentativa vã de minimizar os riscos do uso de drogas psicoativas é comum os adolescentes adotarem uma posição onipotente: "Eu paro quando quiser". Ledo engano. Para o educador, melhor do que "bater em ferro frio", pregando verdades que os jovens tendem a rejeitar, é enviá-los a campo para constatar os fatos relacionados à dependência da nicotina. Peça aos alunos que entrevistem amigos e colegas que fumam. Proponha as seguintes questões: como e por que você começou a fumar? Quanto tempo faz? O que você sentiu nas primeiras experiências com o cigarro? E o que sente agora? O cigarro lhe dá algum tipo de satisfação física? E psicológica? Se quisesse largar esse vício, você conseguiria?


3. Divida o quadro-negro em duas partes. Pergunte aos estudantes por que eles fumam ou não. Na primeira metade, anote as razões que motivam os fumantes. Na segunda, faça o mesmo em relação aos não-fumantes. Discuta os resultados obtidos. Quais são, na opinião da turma, os argumentos mais convincentes?


4. Encomende uma pesquisa junto a fumantes nas faixas dos 30, 40, 50 e 60 anos. Eles já tentaram largar o cigarro? Quantas vezes? Por que não conseguiram? A seguir, peça que os alunos tabulem os dados e debatam as respostas.


5. Estimule a classe a buscar informações junto a médicos pneumologistas sobre as dificuldades de se livrar da dependência da nicotina. Como o corpo lida com a abstinência? Quais são os medicamentos disponíveis para o problema? Que reações provocam? Apresentam alguma contra-indicação? Qual é o índice de sucesso em cada tratamento?


6. Se alguém ainda duvidar que cigarro é droga, lembre que há anos o Ministério da Saúde obriga os fabricantes a veicular, nas propagandas de seus produtos, advertências quanto aos males provocados pelo tabaco. Recentemente, a mensagem "Nicotina é droga e causa dependência" foi incluída nesse repertório. Mostre como a nicotina e o alcatrão agem no organismo (veja o quadro) e peça uma pesquisa sobre o impacto do monóxido de carbono inalado com a fumaça.


7. Ressalte que os efeitos e as conseqüências do uso de drogas, como mostra a reportagem, não têm nada a ver com legalidade, aceitação social ou charme histórico. Estimule um exame dos problemas decorrentes do uso de álcool e fumo em comparação com o de maconha e cocaína.


8. Peça aos alunos para comentar as características das campanhas publicitárias que incentivam o consumo de cigarros, especialmente seu poder de persuasão. A seguir, proponha que eles elaborem uma campanha multimídia de prevenção ao tabagismo dirigida a adolescentes. Vale criar slogans, cartazes, vídeos, jingles, mensagens radiofônicas, páginas para a internet etc. Depois, peça que analisem o próprio trabalho.




ARTIGO REVISTA VEJA:


A vítima tem 13 anos


Essa é a idade em que os jovens brasileiros começama fumar, segundo pesquisa inédita feita sobre o assunto
Cristine Prestes

O Ministério da Saúde patrocinou na última década diversas campanhas de orientação: contra as drogas, o consumo de álcool e de prevenção ao vírus da Aids. Essas propagandas de conscientização, em geral voltadas ao jovem, público mais sujeito a vícios e doenças, são vitais como instrumento de alerta à sociedade. Uma pesquisa recente preparada pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro sugere que talvez se deva adicionar um novo tema à lista de campanhas do governo: o tabagismo na adolescência. O levantamento, feito em um grupo de 800 fumantes em quatro capitais, mostra que os brasileiros começam a fumar cedo: aos 13 anos, em média. A pesquisa ganha contornos mais graves quando examinada em conjunto com outros trabalhos científicos. Quem começa a fumar na adolescência terá mais dificuldade de largar o cigarro no futuro do que aquele que o fez pela primeira vez depois de adulto. E mais: quando larga o cigarro, o fumante que usa o tabaco desde a juventude demora mais tempo para se recuperar dos efeitos da nicotina do que aquele que se viciou na fase adulta – ainda que o segundo tenha fumado durante mais tempo que o primeiro.
A maior parte dos não fumantes já ouviu de um avô ou tio comentário a respeito da idade que tinham ao fumar pela primeira vez. Eram em geral muito jovens. Os fumantes nem precisam recorrer aos parentes. Recordam-se da própria experiência, ocorrida quase sempre nessa fase da vida, por volta dos 13 ou 14 anos. O trabalho da Santa Casa do Rio é especial por ser o primeiro a levantar o ano da iniciação no mundo da fumaça no Brasil. De acordo com o critério adotado na pesquisa, fumar não significa dar uma tragada no cigarro do amigo. Fumar é consumir cigarros regularmente. Segundo os especialistas, depois de seis meses fumando todo dia, o adolescente está quimicamente dependente do cigarro. Os pesquisadores da Santa Casa esperam agora conscientizar entidades não governamentais e principalmente Brasília da necessidade de contra-atacar. "Sabendo quantos anos tem o novo fumante, o governo pode elaborar campanhas de prevenção apropriadas a essa faixa de idade", diz a coordenadora da pesquisa da Santa Casa do Rio, a psiquiatra Analice Gigliotti.
Para a ciência, o adolescente que fuma meio maço de cigarros por dia e o adulto que traga igual quantidade não formam o mesmo grupo de viciados. A Organização Mundial de Saúde, OMS, possui alguns estudos que apresentam com clareza o impacto do cigarro sobre jovens. De acordo com essas pesquisas, 99% dos adolescentes que dão as primeiras tragadas se tornam fumantes. O número fica ainda mais espantoso se comparado com dois outros vícios. Entre os jovens que fumam maconha, a metade acaba se viciando. Com álcool, a dependência é ainda menor: 12% dos que bebem na adolescência passam a ser alcoólatras.
Um dos trabalhos mais impressionantes comparando o vício entre jovens e adultos foi preparado sob encomenda da OMS. Ele mostra que um adolescente demora até sete anos para se livrar dos efeitos da nicotina. "Já uma pessoa que começa a fumar aos 30 anos consegue 'limpar' seu cérebro da nicotina em seis meses de abstinência", afirma o psiquiatra Jorge Alberto Costa e Silva, diretor do Centro Internacional de Política de Saúde da OMS. As razões dessa diferença estão sendo investigadas. Começar a fumar é fácil. Difícil é parar. De cada grupo de dez fumantes, seis tentaram parar, segundo a pesquisa da Santa Casa. A média de tentativas é de três a quatro na vida, mas os resultados são desencorajadores. As estatísticas mundiais afirmam que apenas 3% dos fumantes conseguem abandonar o cigarro de vez.


Curiosidade e ritual

O fumo na adolescência é uma preocupação mundial, não um problema brasileiro. A diferença é o tratamento que os diversos países dão ao assunto. Alguns deles patrocinam ações firmes de combate ao tabagismo entre os jovens. Nos Estados Unidos, o governo mantém uma campanha cujos termos lembram as propagandas antidroga. Intitulada "Aprenda a dizer não" e dirigida aos estudantes, conseguiu em apenas dois anos reduzir o índice de experimentação de cigarro de 64% para 55% entre jovens. É um número muito expressivo. No Canadá, onde 29% dos adolescentes são fumantes, o governo propôs uma mudança radical nos tradicionais avisos que são impressos nos maços. O governo canadense quer convencer as fábricas de cigarro a substituir os alertas pouco convincentes do tipo "Fumar faz mal à saúde" por fotografias horríveis com dizeres ainda mais horríveis. Dois modelos dos novos avisos podem ser vistos nesta página. Infelizmente o Brasil integra outro grupo de países: aqueles que não dão a devida atenção ao assunto. "Se aos 13 anos os brasileiros já fumam regularmente, é claro que não adianta somente escrever aquele alertazinho no maço de cigarros", afirma Analice Gigliotti, da Santa Casa. "É preciso fazer pesquisas mais aprofundadas sobre o tabagismo entre os jovens." O Ministério da Saúde informa que vai encomendar uma pesquisa ampla sobre cigarro para então decidir o que fazer. A pesquisa ainda está sem data.
O número de jovens que experimentam o cigarro vem crescendo a olhos vistos. De acordo com um trabalho realizado de 1993 a 1997 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Universidade Federal de São Paulo, o porcentual de adolescentes de 13 a 15 anos que já havia fumado algum cigarro na vida subiu de 24% para 32%. Um toxicologista da Universidade Estadual Paulista, Igor Vassilieff, distribuiu um questionário entre adolescentes para listar as razões que levam o jovem ao vício de fumar. As respostas encontradas nos questionários mostram que o cigarro está associado ao processo de formação da identidade desses jovens. "Alguns fumam por curiosidade, outros por acreditar que o tabaco não pode fazer tanto mal assim", diz Vassilieff. "Em qualquer um dos casos é um ritual de entrada na adolescência." Adolescentes fumantes dão as primeiras tragadas com amigos, passam a fumar à noite, durante festas, e em poucos meses estão comprando um maço na padaria ou no bar. No Brasil, uma em cada três pessoas com mais de 16 anos fuma mais de um cigarro por dia.
As conseqüências são dramáticas para o jovem em particular e para a saúde pública em geral.


Estudo do Instituto Nacional do Câncer afirma que eram fumantes:
25% das vítimas fatais de doença coronariana e cerebrovascular;
85% dos mortos por doenças pulmonares, como a bronquite e o enfisema;
90% das pessoas que morreram por câncer no pulmão.


Em números, isso significa que o cigarro tem relação com cerca de 100.000 mortes por ano no Brasil. São onze mortes por hora, três vezes mais que os óbitos registrados no trânsito e mais que o dobro do número de assassinatos num ano. VEJA enviou dados da pesquisa da Santa Casa para que fossem comentados pelas companhias Souza Cruz e Philip Morris. As empresas não os desmentiram, mas as assessorias de imprensa informaram por fax que optariam pelo silêncio.


A fase da campanha agressiva
O governo do Canadá propôs uma mudança nos dizeres escritos nas embalagens dos cigarros. Em vez do tradicional "Fumar faz mal à saúde", a nova instrução é orientar as empresas a colocar nos maços fotos coloridas de corações enfermos e de pulmões e lábios afetados pelo câncer. São imagens chocantes, com o objetivo de reduzir a taxa de 29% de fumantes entre adolescentes. A indústria informa não estar disposta a aceitar a determinação, e o caso deve parar na Justiça. O quadro mostra dois exemplos da nova campanha.


domingo, 31 de maio de 2009

SUGESTÃO DE ATIVIDADE



“Tabagismo: Apague essa ideia”





A sociedade conhece os malefícios que o cigarro traz para a saúde, mas não parece levar em consideração os seus graves riscos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Pensando nisso, o governo tem divulgado campanhas de prevenção com o objetivo de levar as pessoas à conscientização sobre seus perigos. Porém, os fumantes ignoram tal orientação e mantém o hábito de fumar. Proibiu-se o fumo em locais públicos fechados, como restaurantes, bares, hospitais, repartições públicas, escolas, mas, infelizmente, encontramos muitas pessoas fumando nesses locais, inclusive nas escolas.
No cotidiano escolar, encontramos jovens fumantes que pensam que não vão se viciar, no entanto, fazem dessa prática sua rotina e, assim, tornam-se dependentes do fumo. Um artigo da Revista de Enfermagem sobre Tabagismo, publicado em 27.08.07, destaca que “A fase da adolescência se caracteriza pelo grande interesse do jovem em experimentar novos comportamentos. Os jovens nesse período estão mais suscetíveis, incluindo o estímulo que é dado pelos amigos mais velhos e pela publicidade.” Esta afirmação condiz com as respostas dos jovens alunos ao serem questionados sobre o uso do cigarro. Alguns alegam que foram induzidos ao vício por influência de pessoas mais velhas, como parentes, amigos e até professores. Outros dizem que, por apresentarem ansiedade elevada, estresse ou depressão, usam o cigarro como “fuga” dos problemas. E outros, ainda, dizem que usam para se autoafirmarem em seu círculo de amizades.
Para que o vício seja combatido, nós, educadores, precisamos elaborar ações para reduzir a iniciação ao tabagismo entre os jovens. Campanhas educativas podem ser promovidas em datas específicas como o 31 de Maio, Dia Internacional de Luta contra o Tabagismo, com palestras de profissionais da área da saúde falando do controle que a nicotina exerce sobre os usuários. Também poderiam ser confeccionados pelos alunos materiais educativos que promovessem a auto-estima e a valorização da vida. Os alunos também poderiam realizar pesquisas na Internet sobre o assunto, em busca de textos como um artigo do Dr. Dráuzio Varella, que fala sobre a dependência do fumo na adolescência, e que se encontra no seguinte link: http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/cigarro.asp
Os links abaixo, também, podem levar os jovens à reflexão sobre o tema.
www.inca.gov.br/tabagismo/
Projetos educacionais contra o tabagismo precisam ser implementados para inibir a curiosidade do jovem pelo cigarro. Todos nós precisamos combater o fumo, por ele ser um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil, e seria muito proveitoso que isso começasse no ambiente escolar.
Delineamos algumas sugestões de atividades: - Entrevistas, no entorno da escola, para coleta de dados sobre fumantes;- Confecção de cartazes com gráficos sobre o quantitativo de fumantes e não fumantes;- Confecção de cartazes educativos;- Palestras com profissionais da saúde utilizando recursos de multimídia;- Concurso de Rap e Poesias;- Projeção de filmes que tratem sobre o assunto, como “Obrigado por Fumar”, 2006, Estados Unidos, direção de Jason Reitman.

A sinopse está no link
www.adorocinema.com.br/filmes/obrigado-por-fumar/obrigado-por-fumar.asp
As atividades sugeridas facilitam o processo de interdisciplinaridade entre os componentes curriculares, como Língua Portuguesa, Literatura, Biologia, Geografia, Matemática e Sociologia. E serão trabalhadas competências e habilidades como linguagem oral e escrita, gênero poético, noções espaciais e temporais, leituras de gráficos, valorização da vida e socialização.
Ficam registradas as nossas sugestões, mas sabemos que a criatividade do professor é ímpar e supera sempre todas as expectativas.

DIA MUNDIAL ANTI TABAGISMO







Informações Sobre o Cigarro. Você Sabia?

::Que um automóvel perde valor se for constatado que o seu dono é fumante, fato facilmente percebível pelo cheiro no interior do veículo e marcas de queimado no estofamento.

::Que empresas preferem contratar não fumantes em função de existirem menos despesas médicas e mais produtividade, pois não vão ocorrer as famosas paradinhas para fumar e afastamentos para tratamento de saúde.


::Que a cada tragada um fumante ingere:
-ACETONA: Removedor de esmalte.
-TEREBINTINA: Diluente de tinta a óleo.
-FORMOL: Conservante de cadáver.
-AMÔNIA: Um tipo de desinfetante.
-NAFTALINA: Eficiente mata-baratas.
-FÓSFORO P4/P6: Usado em veneno para ratos.

::Que cedo ou tarde, os dentes de quem fuma tornam-se amarelados pela nicotina, e mais: o hálito fica comprometido, o que dá um trememdo bafo, e então: Tá rindo de quê?


::Que quem fuma inala o cádmio, metal usado nas baterias e é uma das substâncias cancerígenas do alcatrão.

::Que fumar é como aspirar a fumaça do escapamento de um ônibus, pois possuí muito monóxido de carbono, entre outras toxinas.

::Que um fumante contribui para a poluição do planeta, pois é uma fonte como outra qualquer de emissão de fumaça.

::Que a cada tragada o fumante inala arsênico que é matéria-prima dos agrotóxicos.

::Que o cigarro é a principal causa de câncer no pulmão e enfisema e que o cigarro provoca infarto, úlcera e impotência e ainda vicia como outra droga qualquer.

::Que o cigarro causa os mais diversos tipos de câncer: câncer nos lábios, câncer na boca, câncer na língua, câncer na garganta, câncer nos pulmões, câncer na faringe, câncer no esôfago, câncer no estômago, câncer nos rins, câncer na bexiga... Entendeu?


Se você é esperto nunca comece a fumar, e se já começou PARE !

segunda-feira, 25 de maio de 2009


FUVEST: INSCRIÇÕES IRÃO DE 28 DE AGOSTO A 11 DE SETEMBRO


Novidade: as inscrições para o vestibular da Fuvest começarão em 28 de agosto e irão até 11 de setembro, segundo a assessoria de imprensa da USP. O manual do candidato vai estar disponível na íntegra no site http://www.fuvest.br/ a partir de 3 de agosto.
Serão oferecidas 10.607 vagas para a universidade no vestibular deste fim de ano. O Conselho de Graduação da USP já definiu as disciplinas que serão cobradas no terceiro dia da segunda fase da Fuvest, quando o candidato responde a questões específicas de acordo com o curso escolhido.
Em medicina, por exemplo, os vestibulandos que forem aprovados para a segunda fase responderão a perguntas discursivas de química, biologia e geografia neste dia. A tabela completa com as disciplinas cobradas por curso pode ser acessada neste link.

terça-feira, 19 de maio de 2009

SUGESTÃO DE ATIVIDADE-PREVENÇÃO TAMBÉM SE ENSINA



Projeto Prevenção Também se Ensina




Muito se tem falado e mostrado sobre sexo, aids e drogas nos últimos anos.
Os adolescentes têm dúvidas e questionamentos sobre esses assuntos e necessitam ser respondidos de maneira franca e simples.
A educação sobre prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a aids, para adolescentes, deve ser iniciada a partir do que eles conhecem, ouvem, têm visto e do que pensam sobre o assunto.

SONDAGEM

Ao invés de esperar que eles aprendam tudo o que achamos que eles precisam saber, podemos ensina-los a refletir sobre as informações que já receberam, aprender a maneja-las e tomar decisões seguras de suas vidas.
Uma forma de identificar o grau de conhecimento da turma a respeito das DST/aids consiste em sondar as informações que o aluno possui sobre o assunto.
A sondagem é um recurso que ajuda a direcionar os trabalhos, possibilitando ao educador a manter um projeto com o perfil de seus alunos.

Sugestões de perguntas para sondagem:
- o que vocês entendem por DST?
- quais as DST que vocês conhecem?
- Como podemos evitar as DST?
- Algumas dessas DST podem ser transmitidas pelo sangue?

Caixa de dúvidas
Terminada a sondagem inicial, apresente a “caixa das dúvidas”.Informe que a caixa permanecerá no canto da sala até o final da aula.
Estimule os alunos a fazer perguntas sobre as principais dúvidas que têm sobre o tema.
Com as perguntas depositadas na “caixa das dúvidas”, faça a turma com a turma o levantamento das perguntas, anotando-as no quadro ou mural, a fim de conhecer as dúvidas dos jovens sobre o assunto.

Sugestão de atividades:
- promover debates;
- criar cartazes, folders;
- entrevistas com profissionais da área;
- leitura dos livros: Kit Prevenção
- Menino brinca de boneca? – Autor: Marcos Ribeiro
- Nós- Autor: Eva Furnari
- Redação, teatro, poemas ...Dinâmicas




DINÂMICA
Contatos Pessoais
Objetivo: Facilitar a compreensão da transmissão sexual do HIV e das DST.
O que você irá precisar:
Sala ampla, folha de papel sulfite, lápis ou caneta. Música alegre e movimentada.
Tempo: 40 minutos
O que fazer: 1- Entregar para cada um dos participantes uma folha ( conforme modelo), com apenas uma figura já desenhada pelo facilitador . Para cada grupo de 10 participantes, o facilitador deverá desenhar apenas uma figura geométrica, sendo:
- 1 triângulo
- 2 quadradinhos ( um por folha)
- 7 círculos um por folha

2- Os participantes deverão dançar pela sala e conversar com seus colegas, com a finalidade de integração.

3- Em um determinado momento o facilitador deverá solicitar os participantes a pararem e a copiarem o desenho do colega que estiver mais próximo.

4- Repetindo esse processo por quatro vezes.

5- Após o termino da atividade, o facilitador deverá perguntar a se os participantes têm idéia do significado das figuras.

6- Discutir com o grupo o significado das figuras e o que aconteceu com cada participante.

- círculo: pessoa sadia
- quadrado: portador de DST
- Triângulo: portador de HIV

Pontos para discussão:
- Quantos participantes começaram o jogo com círculos?
- Quantos participantes começaram o jogo com quadrado?
- Quantos participantes começaram o jogo com triângulo?
- Quantos participantes chegaram ao final do jogo sem triângulos na folha?
- O que significa ter mais de um triângulo na folha?
- O que significa ter mais de um quadrado na folha?
- É possível prever quem é portador de DST/aids, levando-se em conta apenas a aparência física?
- Você se preocupa com a idéia de contrair DST/aids?
- Que relação existe entre DST e o HIV?

Resultados esperados:

Os adolescentes saberão discorrer sobre a transmissão sexual do HIV/DST, cadeia de transmissão, sexo seguro e situações de risco.

Avaliação:
Como sugestão de avaliação peça aos alunos que elaborem um texto sobre o assunto abordado.
FOLHA MODELO:

Quadro 1
Desenho original










Quadro 2
Copie o desenho do seu colega mais próximo










Quadro 3
Copie o desenho do seu colega mais próximo








Quadro 4
Copie o desenho do seu colega mais próximo











Quadro 5
Copie o desenho do seu colega mais próximo








Quadro 6
Copie os 5 desenho nos quadrados 1,2,3,4 e 5

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PROJETO PREVENÇÃO TAMBÉM SE ENSINA


GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA EM FOCO

As professoras de Ciências e Biologia, Iolanda e Tercíla da E.E. Frei Galvão estão desenvolvendo as ações do Projeto Prevenção Também se Ensina com foco na Gravidez na adolescência, mediante diagnósticos de casos de 2008.

Entre os objetivos das ações destacam-se:
-contribuir para melhorar o acesso dos adolescentes às informações sobre sua sexualidade;
-reduzir o atual percentual de gravidez precoce e indesejada entre as adolescentes,através de informação dirigida .

Bimestralmente as ações são subsidiadas e orientadas pelas Professoras Coordenadoras de Ciências – Salete e Biologia - Daniela, objetivando a mudança de hábitos e atitudes, no intuito de aguçar a valorização da vida.

NOTÍCIAS


USP realizará vestibular inédito para a sua primeira graduação a distância




A Universidade de São Paulo (USP) irá realizar um vestibular inédito para o seu primeiro curso de graduação a distância. Serão oferecidas 360 vagas em licenciatura em ciências, que funcionará em quatro pólos. A previsão é que as inscrições para o processo seletivo sejam abertas ainda em julho e a prova aconteça no dia 2 de agosto. O início das aulas está programado para o dia 21 de setembro.
A graduação funcionará nos campi do Butantã, na capital (90 vagas), em São Carlos (90 vagas), em Piracicaba (90 vagas) e em Ribeirão Preto (90 vagas). Metade das aulas será presencial e os alunos terão de ir ao campus todos os sábados. A duração do curso será de quatro anos, divididos em oito semestres.
O curso é voltado, essencialmente, para a qualificação de professores que atuam na educação básica sem a formação adequada. Estimativas apontam déficit de cerca de 200 mil professores em ciências no país. Até por isso, a expectativa é que a procura maior seja de pessoas mais maduras e que já estejam no mercado de trabalho.
“Há uma grande demanda para essas áreas e a educação à distância pode ser uma solução, porque o profissional pode mais facilmente conciliar a graduação com a sua rotina”, afirma o professor José Cipolla Neto, coordenador do novo curso.
As aulas acontecerão uma única vez por semana, aos sábados, com foco na parte laboratorial. Durante a semana, o aluno terá atividades para realizar por meio do portal de internet que será disponibilizado. Parte das aulas será por teleconferência, em que o professor fica em um dos campi e a aula é transmitida em tempo real para os outros pólos. Tutores e educadores acompanharão os alunos na sala de aula.

Processo seletivo
A seleção, que será feita pela Fuvest, terá uma única fase. A prova será composta por 50 questões de múltipla escolha e uma redação.
Como a proposta é qualificar docentes, professores em exercício sem formação superior receberão um bônus de 10% na nota final da prova. Docentes em exercício com curso superior, mas sem qualificação para a área terão uma bonificação de 8% na nota.
O valor da taxa de inscrição será de R$ 30. Haverá a concessão de redução ou isenção da taxa, mas os critérios ainda serão divulgados em edital, a ser publicado nas próximas semanas. Para o próximo ano, o curso deverá fazer parte do vestibular tradicional da Fuvest no final do ano. Portanto, o ingresso da segunda turma de licenciatura em ciências será para 2011.
A coordenação do curso é feita por uma equipe multidisciplinar com 13 profissionais. Cada pólo terá quatro docentes, três tutores e três educadores. “A qualificação dos professores é padrão USP, com titulação mínima de doutorado e dedicação integral”, afirma Cipolla. Segundo ele, haverá um educador e um tutor para cada 30 alunos e um docente para cada 45 alunos.
A USP avalia ainda a possibilidade de oferecer outros cursos, além do de licenciatura em ciências: pedagogia, licenciatura em matemática e licenciatura em biologia.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

CONCURSO PARA PROFESSOR


SP anuncia 10 mil vagas para professores até setembro e promete outras 50 mil


Ana Okada
*Em São Paulo

O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) a criação de 10 mil vagas para professores, que devem ser preenchidas por concurso público até setembro. A Secretaria de Educação do Estado ainda promete enviar projeto para a Assembléia Legislativa criando outros 50 mil cargos para docentes - ainda sem data prevista para realização de processo seletivo.

As novas vagas foram prometidas no evento de lançamento do programa Mais Qualidade na Escola - um conjunto de medidas para a educação paulista. Hoje, a rede estadual tem 130 mil professores efetivos e 80 mil temporários.

Entre as ações do programa estão a lei que dispõe sobre o ingresso dos professores, em que são previstos um curso de formação para os aprovados em concurso, a criação de duas novas jornadas de trabalho e a criação de uma prova para os temporários.


Avaliação de temporários

Na prova para docentes temporários, aqueles com melhores desempenhos terão prioridade para a escolha de turmas. "Resolvemos a questão judicial preservando nossos alunos de ter aulas com pessoas que não foram qualificadas por um exame", afirmou o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.

No início do ano, uma prova para professores temporários na rede estadual virou alvo de ações na Justiça. Segundo o governo, o sindicato dos professores não foi ouvido. Mas a secretaria afirma que tem reuniões agendadas. "Creio que a maioria das reivindicações foi atendida, como a manutenção dos direitos dos temporários e a criação de novas vagas", disse o secretário.

Prova para professores ingressantes

O programa lançado prevê a criação de uma escola responsável por oferecer a formação de professores do Estado. Os profissionais que ingressarem na rede terão de passar por um curso, que será feito presencialmente e a distância.

A formação será feita por meio de sistema de cooperação e parcerias com universidades públicas e privadas do Estado. O FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) apoiará a instalação da escola, sediada na rua João Ramalho, com recursos humanos e materiais.

Os custos do programa serão absorvidos pela Secretaria de Educação.

De acordo o secretário da Educação, o novo modelo é "uma mudança profunda, que aproxima a carreira do magistério à carreira pública, que também oferece cursos de formação".

Além disso, foi anunciada a criação de duas jornadas de trabalho distintas para os docentes: uma de 40 horas e outra de 12 horas de trabalho semanais. Segundo a pasta, a de 40 horas visa a que o professor crie vínculos com a instituição de ensino.

Já a de 12 horas serve, segundo o governo, para os professores de disciplinas com pequena carga horária semanal, como química.


Fim do corporativismo

Durante a divulgação do programa, o governador do Estado José Serra disse que muito foi feito em relação à estrutura das escolas, mas pouco se avançou no aprendizado.

Segundo Serra, isso se deve ao "corporativismo exacerbado devido a leis enrijecidas e a inadequação das faculdades de pedagogia". Para ele, o que será feito é "trazer do futuro para o presente os cursos de aperfeiçoamento, com um exame".

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sugestão de Leitura: DCNT- 2ª série - Ensino Médio




Sete refrigerantes têm substância cancerígena, revela pesquisa


FLÁVIA MANTOVANI
da Folha de S.Paulo

Em uma pesquisa com 24 refrigerantes, a Pro Teste --Associação Brasileira de Defesa do Consumidor-- verificou que 7 têm benzeno, substância potencialmente cancerígena. O benzeno surge da reação de um conservante, o benzoato de sódio, com a vitamina C. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro.
Os casos mais preocupantes foram o da Sukita Zero, que tinha 20 microgramas, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas. Os outros cinco produtos estavam abaixo desse limite. São eles: Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita.
Fernanda Ribeiro, técnica da Pro Teste, diz que é difícil estudar a relação direta entre o benzeno e o câncer em humanos, mas que já se sabe que a substância tem alto potencial carcinogênico e que, se consumida regularmente, pode favorecer tumores. "Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há limite seguro para ingestão dessa substância", diz.
A química Arline Abel Arcuri, pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) e integrante da Comissão Nacional Permanente do Benzeno, diz que o composto vem sendo relacionado especialmente a leucemias e, mais recentemente, também ao linfoma.
O fato de entrar em contato com o benzeno não significa necessariamente que a pessoa vá ter câncer --há organismos mais e menos suscetíveis. "Mas não somos um tubo de ensaio para saber se resistimos ou não, e não há limites seguros de tolerância. O ideal, então, é não consumir", diz Arcuri.
O benzeno está presente no ambiente, decorrente principalmente da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Na indústria, é matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon.
Nesse caso, não contamina o consumidor por se transformar em outros compostos. A principal preocupação é proteger o trabalhador da indústria.
O efeito do benzeno é lento, mas, quanto maior o tempo de exposição e a quantidade do composto, maior a probabilidade de desenvolver o tumor.


Adoçantes e corantes
A pesquisa da Pro Teste encontrou, ainda, adoçantes na versão tradicional do Grapette, não informados no rótulo. O problema é maior no caso de crianças, que devem ingerir menos adoçantes.
Foram reprovados outros seis produtos [Fanta Laranja, Fanta Laranja Light, Grapette, Grapette Diet, Sukita e Sukita Zero] que tinham os corantes amarelo crepúsculo --que, segundo estudos, favorece a hiperatividade infantil-- e amarelo tartrazina --com alto potencial alergênico. "O amarelo crepúsculo já foi proibido na Europa. E muitas crianças têm alergia a alguns alimentos e, depois, descobre-se que o problema é o amarelo tartrazina", diz Ribeiro.
Os corantes são aprovados no Brasil, mas, para a Pro Teste, as empresas deveriam substituí-los por outros que não sejam problemáticos, assim como no caso do ácido benzoico. "É um problema fácil de ser resolvido", diz Ribeiro.


Outro lado
A Coca-Cola, responsável pela Fanta, afirmou, em nota, que cumpre a lei e que os corantes de bebidas são descritos no rótulo. Afirma, ainda, que o benzeno está presente em alimentos e bebidas em níveis muito baixos.
A AmBev, que fabrica a Sukita, informou que trabalha "sob os mais rígidos padrões de qualidade e em total atendimento à legislação brasileira".
Cláudio Rodrigues, gerente-geral da Refrigerantes Pakera, que fabrica o Grapette, diz que a bebida tradicional pode ter sido contaminada por adoçantes porque as duas versões são feitas na mesma máquina. "Os tanques são lavados, mas pode ter ficado resíduo de adoçante no lote testado."


segunda-feira, 4 de maio de 2009


Como lidar com o plágio em sala de aula
Com o advento da Internet, a cópia de trabalhos tornou-se mais fácil. Mas desde que existem livros, revistas e outras publicações, existe o plágio. Saiba como lidar com esse mal que assombra as salas de aula

Há mais ou menos dez anos surgiu um fenômeno chamado Internet. E com ela a facilidade de se copiar material para a elaboração de trabalhos escolares, uma prática condenável mas, nem sempre, fácil de identificar. No entanto, é necessário lembrar que desde que existem publicações - sejam livros, jornais, revistas, etc. - houve a possibilidade de cópia. A rede mundial de computadores e a Informática ao alcance das pessoas apenas facilitou esse processo.

A Internet é uma grande biblioteca na qual qualquer pessoa pode colocar um texto. Assim, como na biblioteca, é necessário que as pessoas saibam como se virar lá dentro, como olhar as referências de um livro, de revistas, como utilizar o material disponível e como manipulá-lo, já que isso também é necessário no plano virtual.

"É preciso difundir uma cultura de que cópia não se permite. O plágio existe, isso é algo fraco não só culturalmente, mas também juridicamente no Brasil", aponta o professor do departamento de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) Carlos Pio, que há quatro anos descobriu plágio com a ajuda da Internet em trabalhos de 11 alunos da pós-graduação e os reprovou.

Com a possibilidade de simplesmente mandar imprimir ou copiar eletronicamente um texto que está na tela do monitor - e que provavelmente apareceu após uma breve pesquisa em sites de busca como o Google -, o trabalho que o estudante deveria empenhar para realizar uma pesquisa escolar, leitura e escrita acaba sendo deixado de lado, já que a praticidade desse meio permite resultados muito rápidos sem grande esforço. O problema é que tal prática é errada e ilegal, já que a propriedade intelectual é sempre protegida, tanto pela lei como pelos princípios éticos e profissionais.

Mas, como os professores devem trabalhar essa questão em sala de aula? Como devem orientar seus alunos? "Uma das alternativas é que o professor trabalhe com conceitos, como a ética e moral com seus alunos", aconselha a professora do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Regina Maria Simões Puccinelli Tancrede.

Além disso, o professor não deve simplesmente pedir determinado trabalho, dizer o tema e não dar nenhuma orientação. É necessário ensinar como se faz uma pesquisa na Internet, quais são os sites com conteúdo confiável, pois, segundo um levantamento recente feito pela Escola do Futuro da USP e pela intranet educacional Ensino.net, 10% dos sites brasileiros que se posicionam como conteúdo educativo, cultural ou artístico são de má qualidade.
Ensinar como se colocam referências bibliográficas em um trabalho, explicar as diferenças entre citação e paráfrase, discutir a questão da propriedade intelectual, quais são os princípios éticos que estão envolvidos na questão do plágio, tudo isso é fundamental para despertar nos alunos a vontade de fazer um trabalho. "Além disso, os professores devem ter o costume de ler os trabalhos que recebem. Eu desconfio que há por parte do professor um pacto de mediocridade. Quer dizer, o professor finge que ensina e corrige e o aluno finge que aprende", opina Pio.

Regina considera que se o professor for bem informado, vai conseguir dar informações adequadas aos alunos. "Se o professor não estiver acostumado a ler o trabalho dos alunos, a discutir e a comparar o trabalho de um com outro, ele vai ser enganado, talvez", aponta a professora da UFSCar.


No flagra

Pio diz que desenvolveu algumas técnicas durante os anos de docência na correção dos trabalhos. "Quando o professor se dispuser a ler atentamente aquilo que recebe - o que é cada vez mais difícil tendo em vista o número de trabalhos que o professor tem de ler -, ele vai percebendo intuitivamente alguns elementos que facilitam muito a descoberta do plágio: se o trabalho está muito bom, não tem citação nenhuma; se for muito genérico em relação àquilo que foi pedido; se tiver diferença de qualidade na escrita, na redação, um trecho com português muito bom outro com o português muito ruim; e, por incrível que pareça, diferença nas fontes, o que é muito óbvio, mas acontece. Então, essas coisas chamam a atenção", explica.

A Internet também é uma excelente amiga na hora de se descobrir um plágio. Caso o professor desconfie de algum parágrafo do trabalho, é só escrever as principais palavras ou as mais rebuscadas em algum site de busca que ele trará frases que contenham os termos. Pio conta que foi exatamente isso que fez com os trabalhos dos seus 11 alunos de pós-graduação.

"Penso que o professor tem uma grande responsabilidade na formação do aluno com relação à essa busca de referências e de pesquisas na Internet", opina Regina. Para o professor da UnB, o mercado de trabalho trata de corrigir esses estudantes que cometem plágio.O plágio é uma combinação de fragilidades, mas há gradações nessa violação de direito autoral ou de ética. É importante diferenciar uma cópia cometida por um calouro em um trabalho de curso de um aluno de mestrado ou doutorado que apresenta uma dissertação final copiada, escrita por outra pessoa ou sem indicação de fonte. Sem dúvida, este último é muito mais grave.


Legalmente falando...

A questão do plágio é, das relações do direito autoral, a mais dissimulada é mais difícil de se constatar, porque não é uma cópia, é uma imitação disfarçada. "O plágio, na verdade, nada mais é do que você pegar o trabalho alheio, dar uma mascarada e com isso tirar proveito da propriedade intelectual de alguém", explica o líder do projeto do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio e advogado especialista em direito autoral e propriedade intelectual, Eduardo Senna.

No meio acadêmico, o plágio é muito comum com trabalhos e mesmo monografias. Porém, o advogado acredita que além da questão das monografias e do plágio por parte do aluno, isso está englobado de uma maneira geral na questão da discussão do direito autoral dentro das universidades. "Isso vem desde as cópias de livros nas bibliotecas, o que não deixa de ser uma violação do direito autoral que não é coibida, até esse ponto de trabalhos copiados, que também acabou sendo algo inserido na nossa cultura".

Em geral, o professor quando detecta o plágio de um aluno dá zero. Não se pensa em partir para as medidas legais, apesar de elas existirem. "O plágio é uma violação ao direito autoral. Plágio, ao contrário de contrafação, não é crime, e não pode ser punido com ação penal, mas, sim, com ação cível", explica Senna.

O aluno que comete plágio estaria sujeito às seguintes sanções legais: uma indenização por dano patrimonial, uso indevido da obra; e uma indenização por dano moral pela mesma razão, isso por conta da subdivisão do direito autoral em patrimonial e moral.

"Nem a universidade nem o professor podem entrar com uma ação contra o aluno. O dono da obra é quem pode processar. Por isso que é muito difícil de coibir isso e a história fica só no meio acadêmico", ressalta o advogado.

A técnica mais correntemente usada para a detecção de plágio na literatura é a das linhas assimétricas, que nada mais é do que colocar os textos um ao lado do outro e ver se eles têm partes idênticas. "Se você tem um texto de dez parágrafos e seis deles são idênticos ou muito parecidos com outro - que mudaram com maquiagem -, pode-se afirmar, com razoável certeza, que houve plágio", verifica Senna.

O advogado lembra que não se protegem idéias, apenas a exteriorização delas. Portanto, nada impede que em um universo de milhões e milhões de pessoas, duas pessoas tenham a mesma idéia, e isso não implica em plágio.

Fonte: http://www.universia.com.br/html/materia/materia_gdih.html

quarta-feira, 29 de abril de 2009

NOTÍCIA





GRIPE SUÍNA



A gripe suína, que já matou várias pessoas no México e registrou casos de infecção nos Estados Unidos e no Canadá, gerou alerta em várias partes do mundo e despertou o temor de uma pandemia. Até agora, sabe-se que se trata de uma doença respiratória que teve origem em porcos, a partir da combinação de material genético de diferentes vírus de gripe. Cientistas e governos ainda buscam informações mais detalhadas sobre a doença e as formas de prevenção e tratamento, mas algumas das dúvidas já podem ser respondidas com base nos dados divulgados por governos e centros de pesquisa.
Veja abaixo as repostas a algumas das questões relacionadas ao surto.

O que é a gripe suína?
É uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é diferente do H1N1 totalmente humano que circula nos últimos anos, por conter material genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia.

Como é transmitido o vírus?
Em casos registrados nos últimos anos, a doença foi contraída por pessoas que tiveram contatos com criações de porcos, mas não há registro de que o mesmo tenha acontecido no atual surto. Ela está sendo da mesma forma que a gripe comum: por via aérea, de pessoa para pessoa, por meio de espirros e tosse.

Infecção de gripe suína é comum em humanos?
No passado, os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) registraram 12 casos de infecção humana pelo vírus da gripe suína, todo em pessoas que tiveram contato com porcos. Nesses casos, não houve evidência de transmissão entre humanos.

Pode-se contrair a doença comendo carne de porco?
Não. Os vírus da gripe suína não são transmitidos pela comida. O governo mexicano e a OMS (Organização Mundial de Saúde) descartaram qualquer risco de infecção por ingestão de carne de porco. De acordo com o CDC, a temperatura de cozimento (71ºC) destrói os vírus e as bactérias.

Quais são os sintomas da gripe suína em humanos?
Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 39°C, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea, vômito e diarréia forte.

Trata-se de um novo tipo de gripe suína?
Assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suína, humana e aviária. Os porcos tornam-se incubadoras que favorecem o aparecimento de novos vírus gripais, através de combinações genéticas, em caso de contaminações simultâneas. Esses tipos de vírus híbridos podem provocar o aparecimento de um novo vírus da gripe, tão virulento como o da gripe aviária e tão transmissível como a gripe humana.

Qual a diferença entre a gripe suína e a gripe comum?
A gripe suína é caracterizada pelos sintomas da gripe comum, mas pode causar vômitos e diarréia mais graves. A gripe comum mata entre 250 mil e 500 mil pessoas a cada ano, principalmente entre a população mais velha. A maioria das pessoas morre de pneumonia, e a gripe pode matar por razões que ninguém entende. Também pode piorar infecções por bactérias. A maioria dos mortos da gripe suína tinha entre 25 e 45 anos.

Como a infecção de humanos com gripe suína pode ser diagnosticada?
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Entretanto, algumas pessoas, principalmente crianças, podem espalhar o vírus por dez dias ou mais.

Existe vacina contra esta doença?
As vacinas normais contra a gripe são alteradas todos os anos para incluir imunização contra novas variedades de vírus. Segundo as autoridades mexicanas, que citam a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para uma cepa anterior ao vírus, com o qual não é tão eficaz. Mas como os casos confirmados de mortes atingiram adultos, é possível que as pessoas mais vulneráveis --crianças e idosos--tenham se beneficiado por serem alvo de vacinação mais regularmente que os adultos jovens.

Existe algum remédio eficaz contra a doença?
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC.

Por que a OMS está em estado de alerta?
Porque há casos humanos associados a um vírus de gripe animal, mas também pela extensão geográfica dos diferentes focos, assim como pela idade não habitual dos grupos afetados. A gripe suína representa o maior risco de uma pandemia em larga escala desde que a gripe aviária que ressurgiu em 2003.

Os turistas com viagens marcadas para o México deveriam ficar preocupados?
A OMS diz que não é preciso alterar planos de viagens e o México disse que não vê necessidade de fechar as fronteiras. Mas governos de países como Itália, Polônia e Venezuela aconselharam os seus cidadãos a adiarem viagens às áreas em que foram registrados casos de gripe suína no México e nos EUA. Segundo a OMC, o fechamento de fronteiras e as restrições às viagens seriam inúteis, porque o vírus já se espalhou.

Conheça medidas adotadas ao redor do mundo contra a gripe suína

O novo tipo de gripe suína já matou 22 pessoas no México e contaminou 20 no vizinho Estados Unidos desde o último dia 13 obrigou países de todo o mundo, inclusive o Brasil, a adotar métodos de prevenção. Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), a gripe tem potencial para chegar a pandemia (uma epidemia de grande alcance geográfico).
Confira algumas das precauções adotadas ao redor do mundo.

Brasil
Tripulações e passageiros de aeronaves oriundas dos EUA e do México recebem materiais com informações sobre os sintomas da doença. Quando há suspeita, a pessoa é levada para um posto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, se necessário, encaminhada para um hospital da rede pública.- Não há casos de suspeita da doença.
Alemanha
Um comunicado sobre o perigo da gripe suína foi publicado no site do Ministério de Relações Exteriores alemão, mas nenhum alerta de viagem foi emitido.
América Central
Os países da região aumentaram a fiscalização na fronteira e em aeroportos.- No Panamá, funcionários dos aeroportos isolam os passageiros dos voos do México. Funcionários de saúde em El Salvador, na fronteira com Guatemala e Honduras, estão em alerta para casos de gripe.- O ministério de Saúde da Nicarágua declarou estado de alerta.
Argentina
O ministro da Saúde solicitou que equipes de bordo e passageiros em voos do México avisem imediatamente se tiverem sintomas da gripe. Além disso, o ministério pediu que o sistema de saúde da Argentina observe se há aumento de doenças respiratórias e promova campanhas de vacinação e hábitos de higiene preventivos.

Áustria
O Ministério de Saúde informou que, devido a um plano elaborado em 2005, o país possui estoques de medicamentos antivirais capazes de atender 4 milhões de pessoas (metade da população); e possui capacidade de produzir vacinas profiláticas para toda a população.- O país possui um estoque de 8 milhões de máscaras.

Chile
O governo do Chile examina os passageiros que chegam de avião do México e dos EUA para verificar se há sinais de febre. Ainda observa um possível caso suspeito, mas descartou outros dois.- O ministro da Saúde advertiu para as viagens ao México e aos EUA, e funcionários de fronteira monitoram os passageiros que chegam por terra por sintomas da gripe.

Colômbia
Autoridades aumentaram a fiscalização e controle preventivo em hospitais, portos e nos principais aeroportos de Bogotá, especialmente para pessoas que chegam da Cidade do México, Texas e Califórnia.

Dinamarca
Um plano nacional de prevenção a pandemias entrou em vigor assim que a ameaça da gripe suína foi identificada.- O país possui estoques de medicamentos como Tamiflu.

Equador
O governo diz que vai realizar exames médicos em pessoas com sintomas da gripe que chegarem de países com gripe suína. Oficiais dos serviços de saúde também colocaram hospitais em alerta para monitorar casos de febre.

Espanha
Os voos para o México foram equipados com máscaras e luvas cirúrgicas.- Três pessoas que chegaram do México com suspeitas de gripe estão em observação até que o diagnóstico seja confirmado, o que só deverá acontecer em dois dias.

Dinamarca
Um plano nacional de prevenção a pandemias entrou em vigor assim que a ameaça da gripe suína foi identificada.- O país possui estoques de medicamentos como Tamiflu.

Equador
O governo diz que vai realizar exames médicos em pessoas com sintomas da gripe que chegarem de países com gripe suína. Oficiais dos serviços de saúde também colocaram hospitais em alerta para monitorar casos de febre.

Espanha
Os voos para o México foram equipados com máscaras e luvas cirúrgicas.- Três pessoas que chegaram do México com suspeitas de gripe estão em observação até que o diagnóstico seja confirmado, o que só deverá acontecer em dois dias.

Surto faz "caos" da Cidade do México parar no tempo
A Cidade do México, que rivaliza com São Paulo em termos de caos urbano, está calada como nunca se viu. As ruas e o aeroporto estão vazios. Há um silêncio estranho, parecido com aquele que se registra em dia de final de Copa do Mundo.
A tranquilidade só é perturbada pelo ocasional "O que eles sabem que não querem contar?" aqui e ali. Mas todos sabem que o silêncio tem motivo. A capital mexicana está tomada pelo símbolo do surto de gripe suína: as máscaras cirúrgicas.
O Exército está distribuindo 6 milhões delas, que vêm sendo usadas em pontos estratégicos, como estações de metrôs e terminais de ônibus.
A notícia pegou a população de surpresa. Ela chegou na noite de sexta-feira, por meio de mensagens das escola informando que as aulas ficariam suspensas até segundo aviso. Mas de forma geral não há sinais de pânico.
As recomendações do presidente Felipe Calderón e das autoridades sanitárias são repetidas exaustivamente nos rádios, TVs e jornais. Não saudar com aperto de mão. Beijo, muito menos. Manter limpas maçanetas de portas, torneiras e afins. Não se automedicar. Lavar as mãos, muitas, muitas, muitas vezes ao dia. Não frequentar lugares fechados --o que não requer muito esforço, uma vez que os museus e cinemas foram fechados, e concertos e teatros, cancelados.